A Comissão Europeia está farta de ver os gigantes tecnológicos ganharem milhares de milhões de euros mas pagarem impostos ultra-reduzidos por por das manobras fiscais, e quer avançar com uma sobtetaxa extra sobre as suas receitas.
Organizações como a Amazon, Facebook, Apple e Google ganham “biliões” por ano, mas as taxas pagas na Europa são ínfimas, quer por fruto dos paraísos fiscais que existem por culpa da nossa própria Europa (a Amazon optou pelo Luxemburgo para as operações europeias, onde conseguiu pagar simplesmente 16.5 milhões de euros sobre receitas de 21.6 mil milhões de euros referentes à Europa), quer por serem negócios que não se enquadram no pagamento de impostos “tradicionais” e não são devidamente taxados.
Se por um lado se pode considerar a criação duma taxa adicional de 3% sobre as receitas uma hipocrisia (ver o caso acima citado, de ser um próprio país Europeu a facilitar o pagamento de impostos ultra-reduzidos – ou portanto relembrar a nossa famosa sobretaxa sobre o combustível, criada por estar “barato demais”… mas que permanece mesmo já não estando nada barato) por outro lado há efectivamente que equacionar se estes verdadeiros impérios digitais estão pagar impostos que se poderiam considerar justos face ao que ganham.
Imaginando-se um mundo que caminha para um futuro muito mais robotizado e automatizado, é necessário repensar a estrutura dos rendimentos e a sua distribuição… Levado ao extremo, se 90% da população não tiver emprego nem rendimentos, também estas organizações cairão por não terem clientes capazes das sustentar… Pelo que há que encontrar um ponto de equilíbrio que permita manter um mercado (e sociedade) saudável.
Dito isto… penso que será injusto centrarem-se simplesmente nas organizações tecnológicas… já que o mesmo deveria ser criado a todas as organizações, independentemente de se centrarem na internet ou serem “tradicionais”, e que também recorrem a todo o tipo de tácticas para escaparem aos impostos. Ou será que por um lado querem taxar simplesmente quem tem êxito, enquanto do outro lado continuam a permitir que as organizações europeias (e internacionais) continuem a “fugir” para o Luxemburgo, Irlanda, e outros países que façam o maior desconto, prejudicando os seus vizinhos europeus?
Fonte: Abertoatedemadrugada